top of page
Foto do escritorBeto Sporkens

Mestres do Documentário - Errol Morris e Godfrey Reggio

Atualizado: 6 de fev. de 2020

Desde que um grupo de pessoas saiu correndo da projeção da filmagem de um trem chegando na estação, em 1895, os documentários não param de impressionar a humanidade. O gênero “pai” do cinema tem sido exercido por grandes cineastas especialistas no formato e outros diretores que brilharam e ficaram famosos dirigindo ficção.

Estes grandes autores lançaram olhares ousados, arrojados e inusitados sobre a realidade e deixaram marcas na história do cinema com a força de suas narrativas. Vale ver e rever alguns trabalhos destes 10 artistas geniais na arte de registrar a humanidade e suas estórias.

Então, serão 5 posts, abordando 2 diretores de diferentes estilos a cada vez.

É uma lista pra guardar aí na sua caixa de entrada e ir saboreando aos poucos, de acordo com seu nível de entusiasmo por bons documentários.


Imagens em "time lapse", como esta do filme Koyanisqatisi (1982), influenciaram toda uma geração e se popularizaram depois deste documentário.

O cineasta Errol Morris.

Um mestre do estilo em documentários. Morris conta suas estórias com a ajuda de um aparato técnico e narrativo típico dos grandes diretores de cinema.

Ex-Detetive particular, ele usa esta experiência investigativa para cavar detalhes e reencenar a narração de fatos que conduzem a um envolvimento raro num gênero considerado, muitas vezes, pouco dramático.

Você PRECISA assistir:

Um de seus documentários mais famosos, THE THIN BLUE LINE (1988), que abordava o caso de um homem condenado á morte por assassinar um policial e acabou provocando uma reviravolta no caso e a anulação da pena de morte. Se você gostou de “Making a Murderer” vá direto à fonte e conheça um filme mais poderoso e envolvente, que provavelmente inspirou os criadores desta série de sucesso.

Já em SOB A NÉVOA DA GUERRA (2003), filme ganhador do Oscar, a história militar recente dos EUA é contada sob o ponto de vista de Robert McNamara, ex-secretário de Defesa nos governos Kennedy e Johnson. Um dos mais controvertidos políticos americanos, ele explica o motivo do século 20 ter sido tão violento.

E, entre os mais recentes está o impactante WORMWOOD (2017), produzido e exibido pela Netflix, que conta a história de Frank Olson, um cientista que participou do projeto MKULTRA, código dado a um programa ilegal e clandestino de experiências em seres humanos, feito pela CIA – o Serviço de Inteligência dos EUA. As experiências em seres humanos visavam identificar e desenvolver drogas e procedimentos a serem usados em interrogatórios e tortura, visando debilitar o indivíduo para forçar confissões por meio de controle de mente.



Se você adora imagens e fotografia, precisa conhecer Godrey Reggio, um diretor norte-americano de documentários experimentais, que nasceu em New Orleans, em 1940, e passou 14 anos de sua adolescência e começo da idade adulta em jejum, sem falar e somente rezando, ao treinar para ser um monge.

Seus filmes se baseiam nas imagens pungentes de situações que poderiam explicar o que é a Terra ou a humanidade a marcianos. Não são filmes para explicar, é preciso assistir. Ou você ama ou odeia. Em última instância, Reggio também influenciou toda uma geração e popularizou o uso de imagens em “time lapse”, como esta do GIF que ilustra o post ali em cima.

Ele é um diretor genial, capaz de realizar filmes inteiros se utilizando apenas de imagens impactantes, épicas, SEM UTILIZAR FALAS OU DEPOIMENTOS, e ainda assim montar as mais complexas narrativas. Não por acaso, a trilogia feita por ele contou com a produção de alguns dos mais poderosos cineastas de Hollywood, como você verá a seguir.

Você PRECISA assistir:

KOYAANISQATSI (1982), o título do filme vem de uma língua de uma tribo indígena norte-americana, os Hopi, e significa “vida fora de controle”. O filme que mostrou ao mundo a estética de Reggio foi produzido por ninguém menos que Francis Ford Coppola, da trilogia “O Poderoso Chefão”. Destaque também para a trilha hipnotizante de Philip Glass.

Depois vieram mais dois filmes, também imperdíveis, completando a chamada “trilogia QATSI”: POWAQQATSI (1988), produzido por Copolla e George Lucas (!!!) que significa “vida em transformação”.

E NAQOYQATSI (2002) (“vida em guerra”), produzido por Steven Soderbergh, da franquia “Onze Homens e um Segredo”.

Fique ligado no blog para conhecer outros documentaristas geniais nas próximas semanas.

E não se esqueça de se inscrever no meu canal do Youtube porque a partir de Dezembro postarei vídeos sobre o universo dos Cartoons e dos quadrinhos, começando por Rick e Morty.

Até lá!




24 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Comments


bottom of page